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Um homem vestido com uma longa batina preta e colarinho branco entra sorrateiramente num quarto onde várias crianças, todos meninos, dormem. Eles, além de inocentes pela a tenra idade, têm deficiência auditiva.

O homem caminha por entre os corredores de camas observando atentamente a expressão facial de cada um até escolher a sua vítima em potencial. Depois de olhar profundamente os rostos, ele senta-se calmamente à beira de uma das camas. Está tão seguro de si, tão confiante de que nada nem ninguém poderá detê-lo, que não se importa se alguma criança acordará. Nessas condições, como conseguir se proteger?

 

Devagar ele levanta o cobertor. O garotinho veste um pijaminha de bichinho. Ele passa a mão por debaixo da coberta acariciando sua perna e sutilmente escorrega-a por aquele frágil corpinho. A criança acorda e se assusta com aquele homem sorrindo sinistramente para ela – como se aquele sorriso quisesse dizer que aquilo que estava fazendo não era nada demais, mas apenas um “bom ato” cometido por um “bom homem de Deus”. “Você deve se sentir privilegiado por ter sido escolhido, menino” – ele expressa com aquele malicioso sorriso.